sexta-feira, julho 18, 2008

Artista Musical da Semana: Jamiroquai

É verdade, a semana passada não consegui cumprir com o prometido de destacar um artista musical todas as semanas, mas o trabalho às vezes tem destas coisas e não nos deixa tempo para nada. Mas esta semana volto em força e logo com um dos meus artistas preferidos de todos os tempos: Jamiroquai.

Foi graças aos meus colegas da Capoeira, que em 1995 fiquei a conhecer uma nova vertente musical, o Acid Jazz ou Funky Jazz, cuja figura principal na altura era exactamente a banda Jamiroquai. Aproveitando algumas das vertentes musicais do Funk Americano dos anos 70 e 80 e "mixando-as" com o que de melhor se fazia no Jazz moderno, os Jamiroquai conseguiram criar um estilo musical único e que rapidamente permitiu que se distinguissem do "resto da multidão".

Nessa altura, como andava sedento à procura da nova onda musical que me preenchesse o pós-grunge dos Pearl Jam (e Nirvana e Soundgarden e etc...), o encontro com a funkalhada dos Jamiroquai foi amor à primeira vista. E o primeiro álbum, Emergency On Planet Earth, era a entrada perfeita: uma mensagem poderosa dos malefícios da Humanidade no planeta Terra e a chamada de atenção para a necessidade de uma revolução na nossa maneira de pensar, juntamente com uma musicalidade genial fizeram-me conhecer o botão "Repeat" das aparelhagens.

Quando já tinha entranhado totalmente o primeiro álbum, eis que me dão a conhecer o segundo álbum: The Return Of The Space Cowboy. Com menos mensagem, mas com mais enfoque na parte musical, este álbum é para mim um dos melhores álbuns de todos os tempos...de todos os tipos de música. Se tivesse de fazer uma lista dos melhores álbuns, este estaria com certeza no TOP 3. E tal deve-se principalmente a esta música, com o mesmo nome que o álbum:




Digno também de se mencionar é o videoclip desta música, que marcou a criatividade video-musical da altura com um filme contínuo de imagens sobrepostas da dança frenética de J.Kay juntamente com os seus colegas de banda.

E por falar em videoclips originais, foi com a chegada do seu terceiro álbum, Travelling Without Moving, que se deu a conhecer ao mundo o videoclip mais enigmático da banda, com a música Virtual Insanity.

Para aqueles que se perguntam como é que isto foi feito, não, não é o chão que se está a mover. São as paredes que fazem parte de uma estrutura (que inclui a câmera) que se move dando a ilusão que é na verdade o chão que se está a mover.

Seja pela sua irreverência, excentricidade ou simplesmente pela sua dança frenética, J. Kay é claramente a alma desta banda. O artista musical com a colecção de chapéus mais estranha do mundo da música é não só o vocalista como também o maestro de um conjunto de músicos com muito talento, todos eles escolhidos a dedo. E isso ficou evidente no seu primeiro concerto em Portugal (que só foi em 2003, após este ter feito as pazes com o seu pai Português que até à altura não se davam muito bem) onde a banda não esticava as músicas nem mais um segundo sem uma ordem específica do seu "comandante".

O cenário composto por uma pirâmide de estilo Maia com várias escadas (e com os músicos divididos pelos vários níveis) e com corrimões que J. Kay fez questão de descer como se estivesse em cima de um skate, estava deslumbrante e fez-nos sentir que estávamos simplesmente dentro uma pequena discoteca ali a curtir o som. Mas na verdade estávamos no gigantesco Pavilhão Atlântico juntamente com mais de 15 mil pessoas. E só mesmo J. Kay, com a sua vertente de maestro, é que conseguiria pôr aquela gente toda a bater as palmas no ritmo certo quando a banda tocou a música Alright (do álbum Travelling Without Moving). Inesquecível!

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