É incrível como a história está repleta de avanços científicos causados por acidentes. Um dos exemplos mais conhecidos é o da invenção da Penicilina, a qual foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming, saiu de férias e acabou por se esquecer de algumas placas com culturas de microrganismos no seu laboratório em Londres. Quando Fleming voltou, reparou que uma das suas culturas tinha sido contaminada por um bolor e que nessa cultura em particular, não haviam mais bactérias. Fleming tinha descoberto assim um dos antibióticos mais usados no planeta.
Em 1990, um grupo de investigadores Norte-Americanos em colaboração com uma companhia farmacêutica Japonesa descobriu por acidente, tal e qual como Alexander Fleming, um fungo que dizimava células cancerígenas. O fungo em questão contaminou algumas das culturas que os investigadores tinham criado para analisar o seu comportamento e quando os investigadores analisaram melhor o fungo, descobriram que este era bastante eficaz no tratamento de alguns cancros (principalmente do cérebro, ovários e próstata) em ratinhos de laboratório.
No entanto, os efeitos secundários causados pelo ataque do fungo a outras partes do corpo eram demasiados devastadores para que na altura se continuasse com a investigação. Foi só recentemente que os investigadores descobriram que, alterando a forma do fungo usando a nano-tecnologia mais actual, é possível criar uma "versão" do fungo que não apresenta qualquer efeito secundário porque só ataca as células cancerígenas em vez de atacar outras partes do corpo.
Este avanço científico, mais uma vez causado por um pequeno acidente no laboratório, poderá trazer esperança aos milhões de pessoas que todos os anos lidam com o flagelo do cancro.
Fonte: Reuters
quarta-feira, julho 02, 2008
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