Com certeza já pensaram que há coisas no corpo humano que não fazem muito sentido e, como tal, terão pensado também porque raio é que nós, sendo o fruto de um processo evolutivo fascinante, temos esses "defeitos".
Pois bem, a resposta está exactamente nesse processo evolutivo fascinante. Acontece que o mesmo não terminou e nunca vai terminar. É um processo contínuo de constante adaptação ao meio que nos envolve. E nós encontramo-nos exactamente num ponto em que o nosso corpo ainda está a evoluir adaptando-se a mudanças "recentes" no planeta e na forma como interagimos com ele.
O exemplo mais evidente é o apêndice. Toda a gente acaba por se perguntar: "Para
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que serve mesmo o apêndice? Porque não o tiramos logo à nascença uma vez que pode dar problemas mais tarde?" É verdade, hoje em dia o apêndice não serve para nada, a não ser para dar chatices quando se inflama. Mas operar à nascença não é a opção, porque o corpo de um recém-nascido não é forte o suficiente para aguentar uma cirurgia desse tipo.
Mas então, para que raio é que serve o apêndice? O apêndice é um pequeno tubo muscular que está ligado ao intestino grosso e que era usado para processar o excesso de celulose, nos tempos em que os nossos antepassados se alimentavam de plantas. Mas à medida que a caça foi evoluindo e o Homem começou a alimentar-se de carne, este órgão perdeu a sua função. No entanto, este passo na evolução ainda não ocorreu à tempo suficiente para fazer desaparecer o apêndice. Por isso, ainda temos de esperar mais uns (bons milhares de) aninhos até que o apêndice desapareça por completo.
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O cócix é outro exemplo. Há muitas pessoas que têm este osso (localizado no fundo da espinha dorsal) sobressaído, causando por vezes algum desconforto em determinadas actividades, como a realização de exercícios de abdominais.
Esta "maldição" veio do tempo em que os nossos antepassados ainda tinham caudas para proteger a área genital. À medida que fomos evoluindo para bípedes em vez de quadrúpedes, a necessidade para este tipo de "anexo" foi desaparecendo até ao momento em que a cauda foi totalmente extinta. No entanto, este "restinho" ainda lá está e para algumas pessoas, é uma grande chatice.
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