terça-feira, abril 24, 2007

Ai que dormia uma soneca...

Uma sesta durante o dia de trabalho é, segundo os médicos, um bálsamo reparador. Mas não só. Para alguns, pode ser também um negócio. Em plena Manhattan, em Nova Iorque, por 14 dólares faz-se uma soneca de 20 minutos.


O centro de sono MetroNaps funciona no mítico Empire State Building, no 24º andar.

"Metronaps é o primeiro sítio nos Estados Unidos onde se pode vir e dormir uma poderosa sesta a meio do dia, o que mantém os executivos alerta e a funcionar no seu melhor, durante o dia", diz Arshad Chowdhury, fundador da MetroNaps.

Quem opta pela soneca, paga 14 dólares e dormita numa cabina especial criada para o efeito. A empresa está agora a promover as suas cabinas nos aeroportos e também nas empresas. "O nosso objectivo é tornar as cabinas tão comuns nos escritórios como são as fotocopidoras", diz Arshad Chowdhury .

A MetroNaps aluga as cabinas às empresas por 695 dólares mensais e diz ter já mais de cem clientes.

De vento em popa

O negócio das sestas vai de vento em popa, de tal forma que imediatamente surgiu no mercado nova-ioquino uma concorrente, a Yelo.

Por um preço mais em conta (apenas 12 dólares), disponibiliza nas suas instalações na Rua 57 Oeste uma Yelo Cab com uma espreguiçadeira especial, onde se dormita, coberto por uma manta de caxemira (só a manta, custa 700 dólares), num ambiente de ar purificado e perfumado segundo os preceitos da aromaterapia. A Yelo oferece ao mesmo tempo sessões de reflexologia, "que o ajudarão a dar o melhor de si".

Nick Ronco, o presidente da Yelo, diz que "no futuro vamos ter Yelo Cabs nos aeroportos, hospitais e locais de trabalho. Com os BlakBerries e os telemóveis, as pessoas estão permanentemente contactáveis, trabalham mais do que nunca, e é cada vez mais importante aproveitarem bem qualquer pausa que tenham".

O que até é recomendado pelos médicos. David Rapoport, do Centro de Desordens do Sono da Universidade de Nova Iorque, diz que "há muitas provas de que as pessoas não dormem o suficiente, o que lhes provoca quebras de concentração, lapsos de julgamento e, muitas vezes, adormecimento".

"Para os patrões, é uma escolha entre deixarem as pessoas dormirem durante uma hora ou trabalharem mais devagar", conclui o médico.

Fonte: Lusa

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